segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Obesidade

OBESIDADE

  A obesidade é o maior problema de saúde da atualidade e atinge indivíduos de todas as classes sociais, tem etiologia hereditária e constitui um  estado de má nutrição em decorrência de um distúrbio no balanceamento dos nutrientes, induzindo entre outros fatores pelo excesso alimentar. O peso excessivo causa problemas psicológicos, frustrações, infelicidade, além de uma gama enorme de doenças lesivas. O aumento da obesidade tem relação com: o sedentarismo, a disponibilidade atual de alimentos, erros alimentares e pelo próprio ritmo desenfreado da vida atual.

A obesidade relaciona-se com dois fatores preponderantes: a genética e a nutrição irregular. A genética evidencia que existe uma tendência familiar muito forte para a obesidade, pois filhos de pais obesos tem 80 a 90% de probabilidade de serem obesos.

A nutrição tem importância no aspecto de que uma criança superalimentada será provavelmente um adulto obeso. O excesso de alimentação nos primeiros anos de vida, aumenta o número de células adiposas, um processo irreversível, que é a causa principal de obesidade para toda a vida. Hoje, consumimos quase 20% a mais de gorduras saturadas e açúcares industrializados. Para emagrecer, deve-se pensar sempre, em primeiro lugar, no compromisso de querer assumir o desafio, pois manter-se magro, após o sucesso, será mais fácil.

Por que estamos tão gordos

 Num tempo em que as formas esguias e os músculos esculpidos constituem um avassalador padrão de beleza, o excesso de peso e a obesidade transformaram-se na grande epidemia do planeta. Nos Estados Unidos, nada menos de 97 milhões de pessoas (35% da população) estão acima do peso normal. E, destas, 39 milhões (14% da população) pertencem à categoria dos obesos. O problema de forma alguma se restringe aos países ricos.

Com todas as suas carências, o Brasil vai pelo mesmo caminho: 40% da população (mais de 65 milhões de pessoas) está com excesso de peso e 10% dos adultos (cerca de 10 milhões) são obesos. A tendência é mais acentuada entre as mulheres (12% a 13%) do que entre os homens (7% a 8%). E, por incrível que pareça, cresce mais rapidamente nos segmentos de menor poder econômico.

O inimigo, desta vez, consiste num modelo de comportamento que pode ser resumido em três palavras: sedentarismo, comilança e stress. Estamos vivendo a era da globalização de um modo de vida baseado na inatividade corporal frente às telas da TV e do computador, no consumo de alimentos industrializados, cada vez mais gordurosos e açucarados, e num altíssimo grau de tensão psicológica.

A "mcdonaldização"

 Em ritmo acelerado e escala planetária, as culinárias tradicionais vão sendo atropeladas pelo fast-food. E bilhões de seres humanos estão migrando dos carboidratos para as gorduras.

As conseqüências dessa alimentação engordurada podem não ser inocentes. Artérias entupidas e diabetes são apenas algumas das possíveis conseqüências do excesso de peso. Mas, independentemente das conseqüências, existe hoje uma unanimidade entre os médicos para se considerar a própria obesidade como uma doença. E o que é pior: uma doença crônica e incurável. Como a gordura precisa ser estocada no organismo, todo obeso tem um aumento do número de células adiposas (obesidade hiperplástica) ou um aumento do peso das células adiposas (obesidade hipertrófica) ou uma combinação das duas coisas.

Esse é um dos fatores que faz com que, uma vez adquirida, a obesidade se torne crônica. O indivíduo pode até emagrecer, mas vai ter que se cuidar pelo resto da vida para não engordar de novo. É por isso também que, a longo prazo, os regimes restritivos não resolvem. Com eles, a pessoa emagrece rapidamente. Mas não consegue suportar, por muito tempo, as restrições impostas pelo regime. E volta a engordar. É o chamado "efeito sanfona", o massacrante vai-e-vem do ponteiro da balança.

 O primeiro passo: levantar da poltrona e mexer o corpo

  O sedentarismo é a causa mais importante do excesso de peso e da obesidade. Por esse simples motivo, a atividade física tem que ser o primeiro item de qualquer programa realista de tratamento da doença. A pessoa sedentária deve começar reeducando-se em suas atividades cotidianas. Se ela mora em apartamento, por exemplo, pode utilizar as escadas, em vez do elevador. Mesmo isso, porém, deve ser feito gradativamente. A pessoa que mora no sétimo andar pode subir apenas um lance de escada no primeiro dia e o restante de elevador. E ir aumentando o esforço, dia após dia, até conseguir galgar todos os andares.

A partir daí, abre-se espaço para uma atividade física sistemática. Mas é preciso que seja uma atividade aeróbica (caminhada, esteira, corrida, bicicleta, hidroginástica, natação, remo, dança, ginástica aeróbica de baixo impacto etc.), com elevação da freqüência cardíaca a até 75% de sua capacidade máxima.

Nessas condições, a primeira coisa que o organismo faz é lançar mão da glicose, armazenada nos músculos sob a forma de glicogênio. Depois de aproximadamente 30 minutos, quando o glicogênio se esgota, o organismo começa a queimar gordura como fonte de energia.

As dietas restritivas devem ser evitadas. Até porque, exatamente pelo fato de serem desbalanceadas, o organismo se defende espontaneamente delas, fazendo com que, após um período de restrição, a pessoa coma muito mais. O que o indivíduo precisa, isto sim, é buscar uma mudança no estilo de vida, pois os fatores comportamentais desempenham, de longe, o papel mais importante no emagrecimento.

Segure a compulsão

    * Faça um diário alimentar e anote tudo o que você come.
    * Obedeça rigorosamente ao horário das refeições, comendo com intervalos de 4 a 5 horas.
    * Jamais pule refeições.
    * Quando, fora dos horários, surgir a vontade de comer, busque uma alternativa (caminhada, exercícios físicos etc.) que reduza a ansiedade.
    * Antes de cada refeição, planeje o que você vai comer e prepare cuidadosamente a mesa e o prato.
    * Preste a máxima atenção ao ato de comer. Não coma enquanto lê ou assiste televisão.
    * Mastigue bem e descanse o garfo entre cada bocada. Isso ajuda a controlar a ansiedade. Mas é eficiente também porque existem dois mecanismos que promovem a saciedade. Um, de natureza mecânica, atua rapidamente, com o preenchimento do estômago. O outro, mais lento, depende da troca de neurotransmissores no cérebro. Comendo devagar, a pessoa dá tempo para que esse segundo mecanismo funcione.
    * Jamais faça compras em supermercados de estômago vazio, para não encher o carrinho com guloseimas.
    * Não estoque comidas tentadoras (doces, sorvetes, salgadinhos) em casa. Tenha sempre à mão opções saudáveis.
    * Não vá a festas de estômago vazio. Se, chegando lá,

Pressão Baixa

PRESSÃO BAIXA

Sinônimos: Hipotensão arterial, Choque, Hipotensão postural

O que é?

Pressão arterial baixa pode significar ou não uma doença, um sinal indicativo de uma doença de maior ou menor gravidade. Nos casos de doenças mais graves, a queda da pressão é uma das manifestações de enfermidades que costumam estar acompanhadas de outros sinais e sintomas que dominam o quadro clínico.

Podemos dizer que a grande maioria das pessoas que se queixa, atribuindo seus sintomas à queda da pressão arterial, são pessoas sadias, que não estão doentes, pelo menos fisicamente. Quem pode dizer se a pessoa apresenta alguma doença que provoca a baixa da pressão é o médico.

Ter a pressão arterial baixa é uma das queixas mais freqüentes e, na grande maioria dos casos, é um sinal de boa saúde. Os médicos afirmam isso por saberem que os portadores de pressão arterial baixa costumam ser saudáveis e que, provavelmente, terão vida longa.

Níveis

Em se tratando de pessoas adultas, considera-se como pressão arterial baixa, quando os níveis da máxima estão abaixo de 90 mm Hg (ou 9 cm de Hg). Existem pessoas sadias que apresentam níveis até mais baixos e que, nem por isso, apresentam sintomas. Por sua vez, há pessoas com uma pressão arterial habitualmente alta que, quando apresentam algum problema de saúde, esta pressão poderá cair para níveis inferiores aos que estão habituados. Por exemplo: alguém que apresente uma pressão arterial máxima de 110 mm, quando o seu habitual é de 180 m HG Hg, poderá sentir, nesta situação, manifestações decorrentes da queda dos níveis de pressão habituais. Nestes casos, um médico deverá avaliar e orientar o tratamento.

Quando devemos nos preocupar?

Em algumas situações de doenças mais graves, podem ocorrer quedas de pressão significativas que provocam manifestações, inclusive a morte.

A situação de pressão baixa mais grave é denominada de choque, que acontece quando a pressão do sangue nas artérias é insuficiente para manter a irrigação dos tecidos. É o que pode acontecer em:

    hemorragias externas profusas (abundantes)
    reações alérgicas a medicamentos
    picadas de insetos
    envenenamentos
    traumatismos
    desidratação
    sangramentos internos
    queimaduras extensas e profundas
    intoxicações severas
    doenças da glândula supra-renal
    algumas doenças do coração, agudas ou crônicas
    moléstias agudas dos pulmões, tanto dos seus vasos quanto em infecções severas

São situações clínicas graves e alarmantes, acompanhadas de outros sintomas, tais como: dores, suores abundantes, aceleração dos batimentos cardíacos, perdas de consciência, parada do funcionamento dos rins, etc.

Nestas doenças, os sintomas dominantes são as manifestações decorrentes destas enfermidades, e a pressão baixa é um achado do exame clínico que ajuda o médico a fazer o diagnóstico. Estes pacientes, de um modo geral, nem se dão conta de que sua pressão arterial caiu.

Tais situações clínicas costumam exigir atendimento médico de urgência, podendo a sua protelação até ser fatal! Situações Crônicas

Além das doenças mais agudas já citadas, outras enfermidades, ditas crônicas e consideradas como debilitantes, podem provocar diminuição dos níveis de pressão arterial. Os sintomas causados por estas enfermidades também dominam o quadro clínico e a diminuição da pressão é somente mais uma das manifestações do quadro clínico da doença principal.

A grande maioria dos casos de diminuição da pressão arterial não tem maior significado clínico, embora possam ser desagradáveis para os acometidos e apresentem algumas conseqüências, de uma maneira geral, menos graves.

Outras Causas para a Queda de Pressão

    Uma das causas mais freqüentes de diminuição da pressão arterial é denominada de hipotensão postural, que acontece quando as pessoas, ao mudarem subitamente a posição do corpo, sentem tonturas ou a visão turva, sensação que passa em alguns segundos. É o que ocorre quando alguém, depois de estar durante muito tempo agachado, ao levantar-se subitamente, sente-te tonto e a visão embaralhada, chegando a oscilar o corpo ou mesmo a cair. Todavia, isso nem sempre significa doença, e acontece principalmente em pessoas não condicionadas fisicamente.
    Pessoas desidratadas, como as que recebem altas doses de diuréticos, também podem apresentar quedas de pressão ao mudarem subitamente de uma posição para outra.
    As baixas de pressão arterial são também uma manifestação freqüente em pessoas convalescendo de doenças ou que permaneceram por muitos dias acamadas. Nestes casos, a freqüência cardíaca costuma subir de 15 ou mais batimentos por minuto devido à diminuição da pressão arterial.
    Pessoas que recebem certos medicamentos para baixar a pressão arterial, ou portadores de doenças neurológicas, endócrinas, como diabete,também podem apresentar queda de pressão, ao passarem da posição deitada, ou sentada, para ficarem de pé. Nestas situações, a queda de pressão provoca nenhuma ou apenas uma discreta elevação da freqüência dos batimentos do coração.

Observação Importante

A grande maioria das pessoas que afirma ou acredita ter a pressão baixa costuma fazê-lo por se sentir cansada, adinâmica, sem vontade para agir, sonolenta, foge do trabalho, tem constantemente desejos de deitar, sem vontade de fazer sexo, e acorda mais cansada do que estava à noite ao ir dormir; além disso, diz sentir muito frio.

Estas manifestações são mais provavelmente sintomas de depressão.

Pode acontecer dos pacientes atribuirem estes sintomas à pressão baixa por terem entendido mal as informações do médico que, ao falar em manifestações sugestivas "de depressão", seja interpretado como tendo se referido à manifestações decorrentes "da pressão". Depressão e queda de pressão são coisas diferentes, nem sempre bem explicadas aos que consultam por estes sintomas. Pessoas que apresentam sintomas depressivos, assim como as que têm quedas de pressão transitórias, provocadas por mudanças de posição corporal, costumam melhorar de seus sintomas ao fazerem exercícios físicos regularmente. Isto acontece, em primeiro lugar, por liberarem as endorfinas com a atividade física, desse modo, abafando as sensações depressivas. Em segundo lugar, por condicionarem o corpo e, por isso, podem obter mais rápida acomodação da pressão arterial e distribuição do sangue quando houver mudança da posição corporal.

Hipertensão

Hipertensão é uma doença comum, que atinge vários habitantes brasileiros. Muitas pessoas nem sabem que tem pressão alta, pois, o organismo acostuma-se com os níveis elevados, que, contudo, vão comprometendo em silêncio órgãos como o coração, rins, cérebro e olhos. Mas, dá para evitar esse quadro e até prevenir o aparecimento da hipertensão.



O QUE É A HIPERTENSÃO ARTERIAL?  

Trata-se da pressão exercida pelo coração sobre as artérias, que pode ser medida por dois valores; máximo (pressão sistólica), que diz respeito à pressão que o coração faz para bombear o sangue em direção aos outros órgãos e o mínimo (pressão distólica) que se refere à acomodação do sangue nos valos sanguíneos.



QUAIS SÃO OS ÍNDICES NORMAIS DA PRESSÃO?

Para adultos, a Organização Mundial da Saúde aceita como normal uma pressão máxima de até 140 e uma pressão mínima de até 90 mmHg (14 por 9). Entretanto, tem havido uma tendência à redução desses níveis por conta da dificuldade em demarcar os limites entre os valores normais e a alterações que indicam hipertensão.



O QUE É HIPERTENSÃO? 

É uma doença de múltiplas causas, caracterizada pelo aumento mantido dos valores da pressão arterial. Valores de 14 por 9, mesmo que a pessoa esteja calma e em repouso, já podem ser considerados anormais.



O QUE ACONTECE NO ORGANISMO DE UM HIPERTENSO? 

Suas artérias ficam apertadas e dificultam a passagem do sangue, razão pela qual o coração precisa exercer uma pressão maior para bombeá-lo.



QUAIS SÃO OS SINTOMAS?

A maioria das pessoas que tem hipertensão não apresenta sintomas. Quando presente, porém, podem manifestar-se como dor de cabeça, sangramento nasal, tonturas e zumbidos no ouvido. Outros como palpitação, dor no peito, falta de ar, inchaço, alterações visuais, perda de memória e de equilíbrio, palidez, problemas urinários e dores nas pernas demonstram que os órgãos alvo da doença podem estar comprometidos. Nestes casos, convém procurar um médico imediatamente.



QUAIS SÃO AS CAUSAS DA DOENÇA?

Em 90 a 905 dos casos não há uma causa conhecida para a hipertensão. Mas, eventualmente, problemas endócrinos e renais, gravidez, uso freqüente de alguns medicamentos (anticoncepcionais, descongestionantes nasais, antidepressivos, corticóides e moderadores de apetite) de cocaína, bem como doenças neurológicas, podem ser causas de hipertensão arterial.



COMO A HIPERTENSÃO PODE SER DIAGNOSTICADA?

O diagnóstico é baseado na medida da pressão arterial com um aparelho próprio, usado em hospitais, ambulatórios e consultórios. Embora simples, a medida isolada da pressão sofre influência de vários fatores. Por conta disso, hoje a medicina utiliza outros recursos adicionais para diagnosticar a hipertensão.



QUE RECURSOS SÃO ESSES?  

Um deles é o teste ergométrico, que mede a pressão do indivíduo durante o esforço físico e pode evidenciar se ele possui risco de desenvolver hipertensão. Outro é a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), que registra a pressão do paciente 24 horas, ao longo de suas atividades diárias e do sono, fornecendo dados relevantes para o médico. Mas nenhum desses recursos substitui a avaliação clínica do paciente e a medida da pressão arterial em consultório.



POR QUE É IMPORTANTE CONTROLAR A HIPERTENSÃO? 

Porque a expectativa de vida de uma pessoa com hipertensão é 40% menor que a de um indivíduo sadio, ao longo dos anos. O fato é que, ao esforçar-se para bombear o sangue, o coração do hipertenso fica vulnerável à insuficiência cardíaca. Além disso, devido ao aumento da pressão, vai desgastando os vasos, que podem romper-se e causar o derrame cerebral. Esse desgaste ainda facilita o acúmulo de placas de gordura nas artérias, predispondo o indivíduo ao infarto. Outra conseqüência grave é o comprometimento do sistema de filtração dos rins.



QUAL É O TRATAMENTO?   

Para alguns, uma dieta com pouco sal e sem gordura, além da mudança de3 hábitos de vida 9deixar de fumar, ingerir menos álcool, fazer exercícios e emagrecer) são suficientes par manter a pressão controlada. Outros, porém, necessitam de medicamentos. Mas só o médico pode estabelecer o tipo de hipertensão, avaliar o estado dos órgãos alvo da doença e prescrever o tratamento indicado.



COMO É POSSÍVEL PREVENIR A HIPERTENSÃO?  

Levar uma vida saudável, manter o peso ideal, não ingerir bebidas alcoólicas, fazer exercícios, não fumar e adotar uma dieta balanceada, com consumo moderado de sal são atitudes preventivas. Também é recomendável que toda pessoa com mais de 40 anos faça medidas periódicas de pressão – sobretudo quem tem histórico de pressão alta na família – sempre sob orientação médica.



QUALQUER ELEVAÇÃO DE PRESSÃO JÁ É SINAL DE SIPERTENSÃO?   

Não. A pressão varia nas 24 horas do dia e segue um ritmo próprio, influenciada pelo estado psicológico da pessoa, hábitos e atividades cotidianas. Portanto, pode subir momentaneamente, mas depois voltar ao normal. Para ser rotulado como hipertenso, o paciente deve apresentar níveis de pressão acima dos limites da normalidade, obtidos em medias consecutivas, em duas ou mais visitas ao médico.

Fonte: Centro de Medicina Diagnóstica Fleury

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Diabetes tipo 2

A diabete é uma doença metabólica que ocorre em organismos onde há grande quantidade de glicose em virtude da má produção ou da ausência da produção de insulina no mesmo. A doença pode ocorrer em pessoas que possuem parentes próximos com a doença (hereditariedade), pessoas obesas, acima dos 40 anos, em mulheres grávidas e ainda em pessoas que nasceram com peso igual ou superior a 4 kg. Apesar de existirem diferentes formas de se adquirir a doença, o fator mais considerável para o aparecimento da mesma é a obesidade, pois nesse caso a insulina não consegue penetrar nas células musculares e adiposas para consumir a glicose, fazendo com que a mesma seja armazenada na corrente sanguínea.

A doença pode ser detectada a partir dos sintomas que provoca no organismo, como dificuldade de cicatrização, formigamento, principalmente nas mãos e pés; constante sensação de sede e conseqüente excesso de ingestão de líquidos, cansaço, infecções, alterações de peso, visão embaralhada, cansaço e outras.

Normalmente consegue-se controlar a doença por meio de uma dieta alimentar que restringe a ingestão de glicose e atividades físicas. Quanto mais rápido a doença for detectada melhor é o tratamento, pois evita o aparecimento de problemas crônicos na visão, nos rins e nas pernas e ainda evita a necessidade de injetar insulina no organismo.

Existe outra forma de manifestação da doença, a diabete tipo 1 que ocorre com menor incidência. A diferença entre a diabete do tipo 1 e do tipo 2 é que a primeira é auto-imune, ou seja, o sistema imunitário ataca as células pancreáticas que produzem a insulina fazendo com que o organismo se volte contra ele mesmo, agindo como se tais células fossem agentes patológicos; enquanto que a segunda é caracterizada pela insuficiência de tais células.

Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Diabetes

Diabetes Tipo 1

Introdução 

O diabetes Tipo 1 (DM1) é uma doença auto-imune caracterizada pela destruição das células beta produtoras de insulina. Isso acontece por engano porque o organismo as identifica como corpos estranhos. A sua ação é uma resposta auto-imune. Este tipo de reação também ocorre em outras doenças, como esclerose múltipla, Lupus e doenças da tireóide.

A DM1 surge quando o organismo deixa de produzir insulina (ou produz apenas uma quantidade muito pequena.) Quando isso acontece, é preciso tomar insulina para viver e se manter saudável. As pessoas precisam de injeções diárias de insulina para regularizar o metabolismo do açúcar. Pois, sem insulina, a glicose não consegue chegar até às células, que precisam dela para queimar e transformá-la em energia. As altas taxas de glicose acumulada no sangue, com o passar do tempo, podem afetar os olhos, rins, nervos ou coração.

A maioria das pessoas com DM1 desenvolve grandes quantidades de auto-anticorpos, que circulam na corrente sanguínea algum tempo antes da doença ser diagnosticada. Os anticorpos são proteínas geradas no organismo para destruir germes ou vírus. Auto-anticorpos são anticorpos com “mau comportamento”, ou seja, eles atacam os próprios tecidos do corpo de uma pessoa. Nos casos de DM1, os auto-anticorpos podem atacar as células que a produzem.

Não se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem o DM1. Sabe-se que há casos em que algumas pessoas nascem com genes que as predispõem à doença. Mas outras têm os mesmos genes e não têm diabetes. Pode ser algo próprio do organismo, ou uma causa externa, como por exemplo, uma perda emocional. Ou também alguma agressão por determinados tipos de vírus como o cocsaquie. Outro dado é que, no geral, é mais freqüente em pessoas com menos de 35 anos, mas vale lembrar que ela pode surgir em qualquer idade.



Sintomas

Pessoas com níveis altos ou mal controlados de glicose no sangue podem apresentar:
• Vontade de urinar diversas vezes; 
• Fome freqüente; 
• Sede constante; 
• Perda de peso; 
• Fraqueza; 
• Fadiga; 
• Nervosismo; 
• Mudanças de humor; 
• Náusea; 
• Vômito





Consultor: Dra. Claudia Pieper – Comitê Editorial do Site da SBD (Gestão 2006-2007)





Fontes: Norwood, Janet W. & Inlander, Charles B. Entendendo a Diabetes – Para educação do Paciente. Julio Louzada Publicações. São Paulo, 2000.



Diabetes de A a Z: o que você precisa saber sobre diabetes explicado de maneira simples. American Diabetes Association. JSN editora. São Paulo, 1998